domingo, 29 de agosto de 2010

sem títulos

por ter andado sempre reto
a ver e viver sempre em frente
olhando fixo a vida, como fosse estrada
temo o dia em que me cansar
e deixar-me parar depois da próxima passada
e então, sem resistir
quem sabe por saudade
ou misto de esquecimento e curiosidade
inclinar-me, de modo a olhar para trás
e fitar o meu passado
a me encarar, com o olho esbugalhado
sem sorriso no rosto
desgostoso daquilo que vê

1 comentários:

Costa e Silva disse...

Eu tenho o conforto de na ter andado sempre reto. Oh alcool, que entrelaça os meus pés!

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