segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Carmesim

Como não se bastasse a conveniência do programa televisionado, do mp3, das capas de revista, enfim, da cultura engarrafada, tem sempre aquela que se cansa de tudo. Procura espaços novos e nunca se encontra no lugar-comum, a não ser que a esperem fora dali. É como se a vida fosse a arte de se apaixonar pelo desconhecido, esquecê-lo sempre, descobrir o que já foi esquecido e revisitado exaustivamente, como se fosse a primeira vez. A benção da memória fraca é sempre se surpreender. Tem sempre aquela que acha muito mais graça no cheiro da pipoca do que na música dos Stones. Na foto antiga, em preto e branco, do que no cinema 3D. No sapato social ao invés do All Star. Nunca seguindo um padrão. Pode ser isso ou aquilo. Bossa nova e roquenrou. Odeia perguntas e acha graça do que não entende. E vai embora sem se despedir.

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